segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sensibilidade. Sarah já está em casa, depois de mais uma noite divertida e vazia. Tira os sapatos e se estica no sofá. Olha por um instante em direção à porta e vê um pedaço de papel que foi milimetricamente e cuidadosamente jogado pelo vão ali presente.



Estranho. Com certeza não estava ali quando saiu.


Levanta, desdobra, lê.


- Eu amo você. Ass.: L.


Não sente nada. A não ser pena.


Mira o lixo. Procura sua cama. Sozinha. Deita a cabeça no travesseiro. Amanhã é outro dia. Boa Noite!
E ela espera. E dessa doce espera ela faz mais uma canção.

J. não existe. Ele se encontra perdido num mundo em que não cabem seus projetos. Sonhador. Bêbado. Um boêmio digno de ser um dos personagens dos antigos cabarés da França.
Beleza, amor, liberdade, arte. Seu lema, sua projeção.
Procura preencher seu vazio com noites regadas a mulheres, álcool e diversão. Mas quando volta para seu pequeno quarto alugado no centro de Viena, sente vontade de voar para longe.
Mas ele decide ficar ali. Presume que algo de bom irá acontecer. E tem certeza que não vai demorar.
Apaga seu cigarro e deita mais uma vez, apenas esperando o dia amanhecer.
Sarah caminha sem direção. Entre as vielas daquela cidadezinha, ela só procura um lugar seguro para ficar. Sem medo, nenhum arrependimento.

Ela quer sentir o vento balançar seus cabelos, quer jogar fora as algemas que a fizeram perder sua luz. Apagada por uma vida que não era sua. Julgada por ser o que sempre foi.

Autêntica. Livre.

Ela tem certeza que pode ser ela. Simplesmente ser ela.

domingo, 29 de agosto de 2010

E ela para. E ela pensa.

Só por um instante. Só.

Start Again!!!

De fato. Já por tantas vezes decidi que publicaria o que eu escrevo. E todas essas vezes deixei meus pequenos textos escondidos em uma pasta secreta no meu lap top.

Pra quê? Por medo de que?
Como escolhi não ter mais medo e caminhar com meus próprios pés, sem depender de ninguém, eu os publico a partir de agora. Apenas devaneios... sempre acompanhados de um ótimo vinho tinto!