quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Independência pode virar solidão.
Solidão gera necessidade.
Necessidade pode virar dor.
Dor normalmente vem de culpa.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Desejar ter uma vida normal não é pecado.

Eu não quero ser rica. Não quero ter o carro do ano. Não quero ter uma mansão.
Não quero uma casa na praia. Uma chácara pra passar o final de semana.
Não quero uma TV de 50 polegadas, um home theater de última geração, ou um celular que limpa a minha bunda.

Me contento com o mínimo possível para levar uma vida normal.

Não quero torrar meu dinheiro em propriedades. Não quero aplicar num rendimento que vá me deixar milionária aos 60 anos.

Prefiro ter o suficiente de bens materiais e a sobra de dinheiro (quando sobra) gastar com diversão.

Dessa vida a gente não leva nada. Quero chegar nos meus 60 anos e não ter nada de herança para os meus possíveis netos além de histórias, memórias, lições e fotografias. E espero que em todas essas fotos eu possa ver o sorriso de todos que passaram pela minha vida.

É só isso que eu desejo.
O silêncio é injusto.
Ele consegue cavar fundo a nossa alma e trazer a tona um sentimento forte capaz de nos enlouquecer.

Ainda bem que este, neste exato momento, é bom.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

E agora?
Me pego dentro de um silêncio absurdo. Perdida na imensidão de um vácuo ilimitado e de um buraco negro sem fim.

Isso soa negativo, mas não é. Tudo tem conotação dupla, e eu prefiro ficar com o lado positivo.

O peito está apertado, o coração está pequeno. A garganta arranha, os braços formigam.

De repente brota um sorriso no meu rosto. Só de lembrar daquele pequeno gesto, daquele segundo.


É isso.

terça-feira, 26 de outubro de 2010


Já parou um dia pra pensar no por que a mesma mão que cura, mata?
O mesmo sorriso que alegra, ironiza.
O mesmo olhar que agradece, cobiça.
O mesmo coração que ama, inveja.
Seria maravilhoso entender o ser humano. Mas esse é um entendimento que nunca será absoluto.
E eu me perco nessa busca. Esses dias, todos os dias.
Talvez o maior problema seja sempre ver o que há de melhor nas pessoas, e esquecer que nem todo mundo quer dar o melhor de si.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

POR UM INSTANTE

E se por um instante,
Os olhos fechassem
Nós desatassem
Perfumes sumissem
Amantes partissem.

E se por um instante,
O sol se apagasse
A chuva secasse
As flores morressem
A música calasse.

Eu e solidão

E se por um instante,
Amores nascessem
Pensamentos florescessem
Dores acabassem
Mãos se tocassem.

E se por um instante,
Beijos refletissem
Saudade sumisse
Sorrisos brotassem 
Abraços multiplicassem.

Nesse contexto você estaria aqui

(Fabiana Bellentani)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

E em momentos como estes, somente olhar para um sorriso espontâneo pode nos dar coragem de levantar.

domingo, 3 de outubro de 2010

E o presente. Realmente é um presente de Deus.


Aproveitar cada momento como se fosse o único. E cada momento sempre será o único.
Ele pode se repetir e ser parecido, mas os suspiros, as palavras, os olhares... nunca mais serão iguais.


Podem ser melhores. E isso só depende de nós mesmos.
E se parte do seu passado insiste em te perseguir, o que você pode fazer?
Cordialidade excessiva pode ser confundida. É difícil ser rude, mas muitas vezes é necessário.

Dói no íntimo. Mas às vezes pra alguém seguir em frente, a verdade precisa ser dita de forma cruel.

Infelizmente.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

E as horas simplesmente pararam.

Cada segundo que parecia imponente no passado já não tem mais sentido no presente.

Pra que se preocupar com o relógio? Por que deixamos que essa máquina supérfula e escravizante nos domine?

Não, não quero mais.

Não quero ser escrava do tempo. Já não sou mais escrava das coisas. Já não sou mais escrava de ninguém. Agora decreto minha alforria do relógio!!

A vida não pode ser um conglomerado de preocupações. Nosso tempo é tão curto que devemos aproveitá-lo intensamente. E é assim que eu procuro viver.

Deixa que a vida nos mostra o caminho. Deixe que as pessoas surjam no nosso caminho. 

Mantenha perto de você quem te acrescenta algo. Se afaste de quem não te dá valor.

Viva. A vida é uma festa. Só temos que saber aproveitá-la, curtindo uma ressaca leve no dia de amanhã.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Um dia me falaram algo parecido com isso: não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim que elas virão até você.
Salve o grande poeta!

Verdade seja dita: esta é realmente uma verdade absoluta.
Incrível é desencanar da vida, ser você mesmo, e de repente ela mesma, a vida, te surpreende.
Quando achamos que nada mais pode ser novo, surge algo capaz de te tirar o fôlego, de te fazer perder o sono, de te fazer acreditar, de te fazer se sentir diferente.  Se sentir leve. E ao mesmo tempo eufórica. De tirar a concentração.  De fazer inventar o teletransporte. De  levitar.

Desencanar é a alma do negócio.
Correr atrás do que é errado é opção.

Dói muito ver as pessoas sofrerem. Principalmente por amor. Principalmente por amor não correspondido. Opa! Se não é correspondido, não é amor, concorda?

Tenho visto muita gente sofrer ultimamente. Por isso que eu digo: não sofra, minha gente. É difícil apagar uma ferida? É. É difícil tirar aquela pessoa daí de dentro? Ninguém falou que é fácil. Mas há uma maneira de conseguir seguir em frente: amando você mesmo em primeiro lugar!

Desencana. Fazendo isso, você vai começar a enxergar as coisas de uma maneira diferente. Pode ser até que consiga ver o que sempre esteve bem debaixo do seu nariz, mas que sua cegueira momentânea fez questão de esconder.

sábado, 11 de setembro de 2010

Ele. Ela.

Ele.



Olhar enigmático, sorriso encantador. A faz viajar sem destino, sem ao menos tirar os pés do chão.


Ela.


Energia contagiante, irradia vida. O faz dizer coisas que jamais alguém imaginaria que um dia fossem ditas.


Ele.


Charme sedutor, pele tentadora. A faz enlouquecer a cada toque. A faz perder o rumo. A faz descumprir promessas.


Ela.


Coisas inexplicáveis. O faz ter saudade. O faz ter desejo. O faz cair em tentação.


Eles.


Beijos. Fogo. Prazer. Vida.


Vivendo o hoje. Só vivendo o hoje.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Para por um minuto. Ajeita os cabelos, retoca seu batom. Caminhar pela noite traz uma sensação de plenitude, realização.



Fecha os olhos por um instante, traga seu cigarro com uma delicadeza que só se viu até hoje em Audrey Hepburn. Ela não procura absolutamente nada além de liberdade. E isso a faz se sentir completa.


Acerta os passos em seu salto 15. E o som deles ecoa no beco, por um instante trazendo solidão. Mas ela ergue a cabeça e, sem perder a classe, acerta suas passadas rumo ao seu incerto futuro.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sensibilidade. Sarah já está em casa, depois de mais uma noite divertida e vazia. Tira os sapatos e se estica no sofá. Olha por um instante em direção à porta e vê um pedaço de papel que foi milimetricamente e cuidadosamente jogado pelo vão ali presente.



Estranho. Com certeza não estava ali quando saiu.


Levanta, desdobra, lê.


- Eu amo você. Ass.: L.


Não sente nada. A não ser pena.


Mira o lixo. Procura sua cama. Sozinha. Deita a cabeça no travesseiro. Amanhã é outro dia. Boa Noite!
E ela espera. E dessa doce espera ela faz mais uma canção.

J. não existe. Ele se encontra perdido num mundo em que não cabem seus projetos. Sonhador. Bêbado. Um boêmio digno de ser um dos personagens dos antigos cabarés da França.
Beleza, amor, liberdade, arte. Seu lema, sua projeção.
Procura preencher seu vazio com noites regadas a mulheres, álcool e diversão. Mas quando volta para seu pequeno quarto alugado no centro de Viena, sente vontade de voar para longe.
Mas ele decide ficar ali. Presume que algo de bom irá acontecer. E tem certeza que não vai demorar.
Apaga seu cigarro e deita mais uma vez, apenas esperando o dia amanhecer.
Sarah caminha sem direção. Entre as vielas daquela cidadezinha, ela só procura um lugar seguro para ficar. Sem medo, nenhum arrependimento.

Ela quer sentir o vento balançar seus cabelos, quer jogar fora as algemas que a fizeram perder sua luz. Apagada por uma vida que não era sua. Julgada por ser o que sempre foi.

Autêntica. Livre.

Ela tem certeza que pode ser ela. Simplesmente ser ela.

domingo, 29 de agosto de 2010

E ela para. E ela pensa.

Só por um instante. Só.

Start Again!!!

De fato. Já por tantas vezes decidi que publicaria o que eu escrevo. E todas essas vezes deixei meus pequenos textos escondidos em uma pasta secreta no meu lap top.

Pra quê? Por medo de que?
Como escolhi não ter mais medo e caminhar com meus próprios pés, sem depender de ninguém, eu os publico a partir de agora. Apenas devaneios... sempre acompanhados de um ótimo vinho tinto!